sábado, 5 de julho de 2008

E o que vem depois?


Bom... nós já sabemos que tudo acabou bem. Ferraço e Maria Paula resolveram suas vidas e terminaram juntos, com Renato.


Mas eu parei e pensei: "E depois? Como eles ficaram? Será que a vida da família tranqüilizou-se de vez e viveram todos felizes? Ou será que nem tudo são flores?"


Pois é! Parece estranho o que eu vou escrever, pois sou uma grande fã do casal...


Primeiro, vamos lembrar que todo casal tem seus conflitos. Não importa o tempo em que fiquem juntos; 1 mês, 1 ano, 5 anos, 20 anos... mas sempre haverão os conflitos, superados, ou não.


Nisso, podemos observar o comportamento dos nossos personagens.


Ferraço sempre mostrou ser uma pessoa fria, calculista, egoísta, e acima de tudo: mau!! Muitas atitudes do ex-vilão o revelaram ser uma pessoa maligna, como por exemplo, algumas vezes em que ele partia para atos violentos contra as próprias mulheres. Débora, Sílvia, e até mesmo Maria Paula (lembram-se de quando ele a puxou com força pelo braço quando ela revela ter um filho, e de quando ele mandou matarem-na?) sofreram agressões do loiro.


Mas calma aí.... eu não estou culpando-o de nada, muito menos criticando-o! Longe disso!

Cada pessoa, cada ser humano, é de um jeito. O gênio de Ferraço sempre foi forte, fortíssimo. É uma característica dele.


Eu, particularmente, adorei o modo de como ele "mudou", de como ele praticamene se sacrificou e sofreu para ter a mulher da sua vida de volta. A mãe de seu filho. A mulher que conseguiu recuperar a tempo quando descobriu que na verdade, sempre a amou.


Mas toda essa redenção que o personagem sofreu, apenas levaram-no a cometer atos heróicos, carinhosos, querendo provar o quanto mudou; mas uma coisa é certa:

As pessoas nunca perdem seus gênios, nunca mudam seu jeito de ser. É uma questão de personalidade.


Vamos raciocinar: Depois do "... e viveram felizes para sempre" no Caribe, vocês acham que não houve nenhuma discussão do casal à vida inteira? Acham que Ferraço nunca cometeu algum deslize, no qual foi estúpido, ou um pouco agressivo?


Calma, não estou criticando: É partindo da personalidade de Ferraço que descobrimos a de Maria Paula!! Ela GOSTA desse gênio forte do Ferraço! É visível a atração que ela sente pelo jeito de ser dele, sarcástico, forte, frio...


Isso foi uma das coisas que me fez virar fã do casal. No meio da novela, eu parei e pensei: "Ela tem que ficar com ele! Tá na cara que ela gosta desse caráter do Ferraço! Ela parece obcecada, atraída por ele!!"


Não estou dizendo que caso venham a se separar por causa de brigas, mas que apenas haverão mais conflitos entre os dois depois do fim, e que, com toda certeza, se acertarão porque se amam, são praticamente obcecados pelo jeito que um e o outro têm de ser. Não acabei de dizer que a Maria Paula realmente gosta do gênio forte do Ferraço? Então! É por isso que eles se entendem, e sempre se entenderão.


Agora, uma coisa é certa, e eu não me canso de escrever aqui:


QUANTO PIOR A BRIGA, MELHOR A RECONCILIAÇÃO!!!

domingo, 29 de junho de 2008

O amor reprimido não vinha só de Maria Paula


Como eu especifiquei na última postagem, Maria Paula passou a vida inteira sentindo um amor reprimido por Ferraço, o que já foi comprovado nos últimos capítulos.

E pela visão dos telespectadores sobre o ex-vilão, poderíamos afirmar que Ferraço começou a amá-la de verdade no final da novela, quando ele começa a se aproximar mais ainda do filho.


Mas será isso mesmo?


Ok, vamos começar avaliando o gênio do personagem. Ferraço é um homem forte, espertíssimo, não leva desaforos para casa, e JAMAIS "DÁ O BRAÇO A TORCER!!" Em relação à última frase, parei e pensei: "Partindo da primeira vez que Ferraço viu Maria Paula após dez anos, quando ela deu o escândalo enquanto ele discursava no palanque, ele NUNCA iria assumir que realmente a ama, graças ao gênio dele. Se nem para si mesmo ele conseguiu assumir, imaginem para todos."


Era possível notarmos que na época, o vilão já sentia algo pela mãe de seu filho. Uma prova disso é o capítulo em que ele passa com o carro e vê Maria Paula pela primeira vez. Ao reconhecer a moça, Ferraço começa a seguí-la, desde quando ela entra no ônibus, até o shopping onde ela entra. Mas, se perdendo dela, ele passa a confundí-la com outra mulher, a qual deixa cair a bolsa, e ele pega para devolver, pensando que a moça seria Maria Paula.


Então! Por que ele foi atrás dela, se ela teria o poder de denunciá-lo e acabar com toda a reputação dele, finalizando com seus bens? Por que ele a seguiu, e até mesmo devolveu a bolsa, para ela se virar e vê-lo? Qualquer pessoa na situação dele fugiria ao reconhecer a ex-mulher.


Pelo visto, o público não parou e pensou nisto. Todos os telespectadores estavam tão "chocados" no momento, ao pensar que os dois poderiam se reeconcotrar novamente, que não avaliaram a razão do empresário ter corrido atrás da moça, ao vê-la. Meio estranha essa atitude, não é?


E com o passar da novela, desde esse ponto, conseguimos reparar muitas deixas que mostram um certo interesse de Ferraço por Maria Paula. Por exemplo, no dia em que ela vai pela primeira vez na casa dele, brigar por causa de Renato, que estava lá sem ela saber. Maria Paula acerta um tapa na cara de Ferraço, e arma o maior escândalo. Sílvia, que na época era noiva do empresário, odiou ver Maria Paula na casa dele, ainda mais armando aquele escândalo todo.

Mas Ferraço, a partir desse dia, sempre me deu a impressão de que a volta de Maria Paula, ao mesmo tempo que foi um transtorno, foi como se fosse um alívio, como se fosse tudo o que ele queria novamente.


Mas como ele tem todo esse gênio forte, ele não admitia para si mesmo que ele foi o errado a vida inteira, e Maria Paula fora sua vítima. Somente quando o amor reprimido que ele estava sentindo por ela resolveu explodir de vez, que Ferraço passou a assumir seus erros e fazer tudo o que ela mandava. Tudo por amor à sua eterna esposa.


sexta-feira, 27 de junho de 2008

Do que o público realmente gosta?


Todos sabemos que o vilão Marconi Ferraço se regenerou e ficou com a mocinha Maria Paula no final, porque o público escolheu assim. Mas o que chamou a atenção dos telespectadores a favor do casal?


Creio não ser somente a beleza e a química que ambos apresentaram ter de sobra, mas também a HISTÓRIA emocionante e cheia de reviravoltas.


Podemos observar que no início da trama, Adalberto Rangel era um forasteiro do mal, que seduziu a "pobre menina rica" para roubar todo seu dinheiro e depois abandoná-la sem dó nem piedade, deixando a moça sem ter nem mesmo onde cair morta.


A informação mais clara que foi passada para o público partindo deste ponto, era que Maria Paula iria acabar sendo "salva" e se apaixonando pelo advogado Claudius, que deixava transparecer seu amor pela moça.


Aí é que está! Vendo o quão cafageste Adalberto foi, os telespectadores ignoraram o fato de Maria Paula realmente ter se apaixonado por ele, e já abriram as expectativas da menina se apaixonar logo por Claudius.


Adalberto não amava Maria Paula, mas era visivelmente emocionante a maneira que ela o amava. Todos perceberam o quanto ela sempre foi apaixonada por ele, principalmente na cena em que ela descobre o golpe do vilão, quando ele foge de casa.


Dez anos se passaram, repito, dez anos. Maria Paula, vivendo ao lado de seu filho Renato, fruto de seu casamento com Adalberto, e também ao lado de Claudius, era para, ao menos, procurar viver sua nova vida e esquecer o passado sombrio.


Mas o que ela fazia? Passava o tempo todo querendo saber do paradeiro do golpista, com o propósito de denunciá-lo, colocá-lo atrás das grades, mas ela não percebia o que o seu inconsciente realmente pedia.


Bastou vê-lo na televisão, por acaso, já com o nome de Marconi Ferraço, Maria Paula viajou de um estado para o outro, da noite para o dia, sem ao menos avisar sua família.


Tudo isso seria mesmo o desejo súbito de retomar todos os seus pertences e fazê-lo pagar por todos os crimes? Como ela sentia este ódio agudo do ex-marido, se ela sempre aparentou ser tão meiga e ingênua? Ou, mais uma vez, o inconsciente da moça não a avisou que a linha do ódio se cruza com a do amor por intervenção da obcessão?


Quando finalmente se reencontraram, cara a cara, Ferraço mandou até mesmo matarem Maria Paula para que ele não ficasse difamado, e quem a salvou foi Claudius.


E quando Ferraço descobriu que tinha um filho, ele tentou se aproximar do garoto, jogando-o contra a mãe, para que Maria Paula não o denunciasse. Quem realmente parecia gostar do menino era Claudius.


Chegamos a outro ponto: quando foi que Maria Paula virou-se para Claudius e disse: "Eu te amo!"? Que eu me lembre, nos primeiros capítulos da trama, ela afirma tê-lo como um irmão.


Até então, começaram a ocorrer as primeiras mudanças: Ferraço parece descobrir os sentimentos de amor sobre seu filho, e a música "Same Mistake", de James Blunt, apresenta-se na novela.


Sim, a música. A música que dava entrada somente quando apareciam discussões entre Ferraço e Maria Paula.


Agora, eu pergunto: havia alguma música-tema de Claudius e Maria Paula? Creio que músicas entram somente em verdadeiros casais de novelas. Notem que não há um casal de novelas que não teve uma música-tema. Isso foi uma grande evidência.


Quando ao que o público se emocionou e quis ver, não foi somente a regeneração de Ferraço, o amor ao filho, e a redescoberta do romance com Maria Paula; mas todos se emocionaram com o grande impacto da passagem da história triste para a história feliz.


Houveram vários tipos de impactos na história de Ferraço e Maria Paula.


Por exemplo: Quem imaginaria que um homem que mandou matar uma mulher, mãe de seu filho, ficaria com ela no final, pelo amor de ambos?


Ou, os melhores impactos, que, na minha opinião, o público mais gosta: Ver as brigas entre Ferraço e Maria Paula, os tapas que saíam, e em seguida, as cenas de romance, as quais ele a beija a força, ou a cena de amor no hospital, quando ele leva o tiro da Sílvia.


Não foi somente a química perfeita do casal que atraiu o desejo do público, mas também este impacto dentro da história.


É disso que os telespectadores gostam: de um romance mais ativo, contendo brigas, conflitos etc. Algo como "Maria Paula e Claudius" não daria certo exatamente por isso. Não havia conflito, não havia substância, era como uma quimera.


Em uma novela, romances sem conflitos não haveria graça alguma, não chamaria a atenção do público. Seria somente amizade, como foi com Claudius e Maria Paula.


E cá entre nós, dava para todos percebemos que toda a obcessão em encontrar Ferraço desde o começo da novela, que Maria Paula tinha, era um desejo reprimido que ela tentava esconder de si mesma.


Para finalizar, deixo minha frase à história do casal, que realmente mexeu com o público:


"Quanto pior a briga, melhor a reconciliação."

Como tudo começou....


Adalberto Rangel, um exterionatário capaz de tudo para se dar bem na vida, presencia a morte de um casal muito rico, em um acidente de carro na estrada de Passaredo.


Aproveitando da morte de Waldemar e Gabriela, Adalberto seduz e conquista a órfã Maria Paula, de 18 anos. Casando-se com a moça, ele lança um golpe nela, deixando-a sozinha, levando todo seu dinheiro, e até mesmo vendendo sua casa.


Mas ele deixou algo que não sabia: um filho.


Milionário, o exterionatário faz uma plástica, modificando seu rosto. Tornando-se dono de uma empresa no Rio de Janeiro, Adalberto Rangel muda seu nome para MARCONI FERRAÇO.


Passados 10 anos, Maria Paula reencontra o golpista, mas não o denuncia por causa de Renato, o filho do casal, que ao conhecer o pai, passa a vê-lo como um herói em sua vida. Mas com o passar dos tempos, Ferraço e Maria Paula descobrem o que nunca haviam percebido: que sempre se amaram e nunca esqueceram um ao outro.


Reconhecendo seu passado no Nordeste, sua verdadeira mãe Alice, e seu verdadeiro nome: Juvenaldo Ferreira, Ferraço sofre ao lembrar-se de quando foi comprado pelo golpista Hemógenes quando era garoto, e faz uma viagem com Renato até sua cidade natal.


Depois de pagar por todos seus crimes, o empresário se casa novamente com a mãe de seu filho, e a família ganha um maravilhoso final no Caribe.